Essas questões são conhecidas há muito tempo, começaram na pesquisa educacional, na psicologia e desde então se espalharam até para a física. Não há ninguém em particular para culpar e, aparentemente, nada pode detê-lo.
Corremos o risco de enviar jovens altamente treinados e inteligentes ao mundo com tabelas de números errôneos debaixo dos braços e com uma densa neblina no lugar onde seus cérebros deveriam estar. Neste século, é claro, eles trabalharão com mísseis guiados e aconselharão a profissão médica no controle de doenças, e não há limite na medida em que eles poderiam impedir todo tipo de esforço nacional.
Fisher, RN (1958). "A natureza da probabilidade". Revisão do Centenário 2: 261–274.
A aplicação usual da estatística em psicologia consiste em testar uma "hipótese nula" que o investigador espera que seja falsa. Por exemplo, ele testa a hipótese de que o grupo experimental é o mesmo que o grupo controle, mesmo que tenha feito o possível para fazê-los funcionar de maneira diferente. hipótese testada. O experimentador fica satisfeito porque ele mostrou que uma hipótese em que não acreditava não é verdadeira. Tendo encontrado uma "diferença significativa", o próximo passo mais importante não deve ser negligenciado. Ou seja, formule uma hipótese em que o cientista acredite e mostre que os dados não diferem significativamente deles. Isso é uma indicação de que a hipótese mais recente pode ser considerada verdadeira.
SOLUÇÕES MATEMÁTICAS PARA PROBLEMAS PSICOLÓGICOS. HAROLD GULLIKSEN. American Scientist, vol. 47, n. 2 (junho de 1959), pp. 178-201
O ponto principal deste artigo é que o teste de significância não fornece as informações sobre fenômenos psicológicos caracteristicamente atribuídos a ele; e que, além disso, uma grande quantidade de danos foi associada ao seu uso. O que será dito neste artigo é dificilmente original. É, de certo modo, o que "todo mundo sabe". Dizer "em voz alta" é, por assim dizer, assumir o papel da criança que apontou que o imperador estava realmente vestido apenas de cueca. Muito do que está contido neste artigo ainda não está disponível na literatura, e a literatura será citada.
O TESTE DE SIGNIFICADO EM PESQUISA PSICOLÓGICA. DAVID BAKAN. Boletim Psicológico. VOL. 66, nº 6. DEZEMBRO DE 1966.
O quebra-cabeça, suficientemente impressionante (quando claramente discernido) para receber a designação “paradoxo”, é o seguinte: Nas ciências físicas, o resultado usual de uma melhoria no projeto experimental, instrumentação ou massa numérica de dados é: aumentar a dificuldade do “obstáculo observacional” que a teoria física do interesse deve superar com sucesso; enquanto que, na psicologia e em algumas das ciências do comportamento aliadas, o efeito usual de tal melhoria na precisão experimental é fornecer um obstáculo mais fácil para a teoria superar. Portanto, o que normalmente consideraríamos como melhorias em nosso método experimental tende (quando as previsões se concretizam) a produzir uma corroboração mais forte da teoria na física, pois, para permanecer não refutada, a teoria deve ter sobrevivido a um teste mais difícil; por contraste,
TESTE DE TEORIA EM PSICOLOGIA E FÍSICA: UM PARADOXO METODOLÓGICO. PAUL E. MEEHL. Philosophy of Science, 1967, vol. 34, 103-115.